domingo, 19 de julho de 2015

Jaden Newman quer ser a primeira mulher na NBA



Jaden tem 10 anos e joga na equipa principal da Downey Christian School, uma escola secundária privada, desde os 7. Isso quer dizer que Jaden joga contra raparigas de 17 anos. E é titular. Mais impressionante do que isso, Jaden domina: 30,5 pontos, 9,2 assistências e 6,0 roubos de bola por jogo, na época passada.

Estamos a falar de uma liga em que os resultados muito raramente chegam acima dos 70 pontos, o que significa que Jaden marca quase metade dos pontos da sua equipa. Esse tipo de desiquilíbrios é comum nas ligas juvenis, mas nunca vindo de alguém tão novo.

Jaden sempre jogou com os rapazes e sempre foi melhor do que eles. Aos 7 anos entrou para a equipa  feminina de Varsity (ou seja, a equipa principal da escola). O pai é o treinador principal da equipa e, como é óbvio, muitas pessoas dizem que só por isso é que uma miúda tão nova pode estar ali. Mas isso é antes de a verem jogar.

Jaden é nova o suficiente para ter o sonho de jogar na NBA e ser a primeira mulher a fazê-lo; o cepticismo de quem luta para mudar as coisas e não vê resultados disso só vem com a idade. Talvez as coisas venham a evoluir o suficiente para acompanhar o seu crescimento, uma vez que a nossa sociedade parece estar a ficar mais maleável nestes assuntos. Talvez Jaden consiga ser de facto a primeira mulher na NBA. E é isso que lhe dá o combustível para continuar a trabalhar. 

Como disse aqui há uns tempos, não é só a capacidade física que determina a qualidade de um jogador: factores como o tempo de imersão no desporto, o incentivo externo dos pais e colegas, a qualidade dos treinos e da liga e a motivação pessoal são tão ou mais importantes. A Jaden não lhe falta nenhuma destas coisas e é por isso que ela domina o seu desporto, mesmo entre rapazes.

A capacidade de Jaden sonhar e lutar por esse sonho começa a mudar também as pessoas à sua volta. Vemos isso neste breve documentário da Bleacher Report: quem a conhece, sonha também. Só quem não tem tecto para as suas aspirações tem liberdade para atingir o seu potencial e isso é algo que as mulheres, no desporto, quase nunca tiveram.


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